Licença!

Peço licença para aqueles que não são tricolores, mas eu realmente preciso falar algumas coisas sobre aquela que é a paixão mais verdadeira da minha vida!

Nos últimos dias, diante dos recentes resultados do Fluminense, venho percebendo uma euforia por parte dos tricolores que me incomoda um pouco. Vejo muita gente naquele clima de "já ganhou" com relação a Sul-Americana.

Tá... gritar "LDU pode esperar a sua hora vai chegar" é preciso. Afinal, estamos com essas três letras entaladas até hoje. Grite, grite bem alto. Acredite nisso! Mas, nada de "já ganhou", por favor! Tivemos nossa lição ano passado, aprendemos da pior maneira. Vamos acreditar no nosso time sem arrogância, sem "oba, oba", vamos acreditar porque somos tricolores apaixonados, porque não precisamos de ninguém dizendo que o Fluminense é o favorito, porque simplesmente ele será nosso favorito sempre, mesmo na pior das hipóteses.

E o Campeonato Brasileiro... Ah, esse é o que mais me preocupa!

Deslizamos muito ao longo do campeonato, mas tiramos uma força sabe-se Deus da onde, surgimos com um gás impressionante, estamos ganhando de forma emocionante nossos jogos. Mas é preciso ter consciência de que, daqui pra frente, um passo em falso pode colocar tudo a perder. Por isso, para gritar "Sou tricolor de coração" é preciso, de fato, ser!

Por favor, não quero que as pessoas entendam esse texto de forma pessimista, porque não é! Eu tenho muita fé no meu time, confio, acredito!

Estou apenas dizendo aqui que temos que estar preparados para tudo e sermos tricolores em qualquer situação. Assim, como esteve escrito no meu orkut o ano todo "No Fluminense, eu acredito sempre", vou continuar acreditando. Porque se tem um time que sabe dar a volta por cima esse time é o meu amado Fluminense Football Club. E tem provado isso nessa reta final.

Esse é apenas um desabafo para aqueles torcedores de outros times que tem dito que ser tricolor e declarar amor ao Flu nesse momento, é fácil. É fácil porque ser tricolor é a melhor coisa do mundo. Mas, o momento é extremamente delicado e é preciso muita cautela e dedicação. Nós, tricolores não somos tricolores somente nos melhores momentos, somos tricolores sempre, porque somos apaixonados e para a paixão não tem momento, não tem motivo, não tem explicação.

Estarei com meu Fluminense onde ele estiver. Agora, estou com ele na luta pela permanência na Série A e pelo Título de Campeão Sul-Americano. O Amanhã? Não sei. Só sei que permanecerei tricolor enquanto eu existir!

O Fluminense continuará lutando até o fim, jogando no seu limite porque sabe que tem uma torcida fiél e apaixonada, que merece toda essa luta!

Continuaremos contrariando a Matemática, a opinião dos não tricolores, o pessimismo de quem não acredita, porque não sabemos o significado da palavra impossível.


Ser tricolor é algo mágico, é para poucos. É para quem realmente sente, realmente pensa, realmente vive. É para quem tem bom gosto, bom senso, gosta do intenso, conhece o quase perfeito, vive de forma colorida baseada nas três cores que juntas proporcionam perfeita harmonia e determinam o som, dão o tom. O tom da paixão, o tom da emoção, o tom da loucura, do amor, do sublime, da magia, do sentimento na sua total expressão.
Ser tricolor, ás vezes, é difícil. Mas a dificuldade é superada pela esperança, pela confiança, pela vontade. Ser tricolor é nunca ser derrotado, é, ás vezes, deslizar, mas sempre saber achar o caminho de volta. É não desistir diante do obstáculo. É dar espetáculo. É cantar o horto mágico. É emocionar, é chorar, é sorrir e não é sorrir qualquer sorriso, é sorrir O SORRISO. Porque o riso tricolor é diferente, é com alma, é com calma.
Ser tricolor é a minha vida, é o meu orgulho, o Fluminense é a minha cor, é o meu estado de espirito, é o meu maior amor!


"Eu vos digo que o Fluminense é o melhor time. E podem me dizer que os fatos provam o contrário, que eu vos respondo: pior para os fatos." Nelson Rodrigues


E... Ldu, pode esperar! A sua hora vai chegar!


E segunda divisão? Quem é tricolor sabe aquilo que a gente grita no estádio!



Texto postado em: 22 de novembro de 2009