O dia em que o Rio de Janeiro parou



O dia 06 de Abril de 2010 vai ficar marcado na mente do carioca como um dia de caos absoluto, tristeza pelas vítimas, desespero e desordem. Mas, não deve ser visto como um dia a ser esquecido, e sim como um dia a ser lembrado para que outros como esse não aconteçam ou que pelo menos, não tenham o mesmo desfecho trágico.


A natureza não é só a mãe que tantas belezas nos proporciona, é também a mãe que puxa a orelha e que nos mostra que estamos errando e que precisamos nos preparar para os obstáculos que ocasionalmente apareçam ao decorrer do caminho. E é nisso que temos que pensar.


Um número tão grande de óbitos poderia ser reduzido se houvessem mais investimentos em programas habitacionais. Eu entendo que existam pessoas que insistem em não sair das suas casas, mesmo sabendo dos riscos o que dificulta o trabalho do governo. Mas, para onde vão essas pessoas ao deixarem suas moradias? É essa a resposta que elas procuram.
Não estou dizendo que é correto que elas fiquem nas suas casas condenadas, o que estou dizendo é que é complicado julgarmos tais atos sem saber das reais condições de vida dessas famílias.
A falta de ordem na ocupação do solo, não só no Rio de Janeiro, mas também em muitos outros locais do país, é uma séria realidade que precisa ser modificada e isso precisa ser feito de maneira urgente.


É claro que a chuva foi e está sendo (porque não para de chover desde ontem) forte, de maneira atípica, mas é evidente também que o Rio de Janeiro não está preparado para essas situações e nem parece estar se preparando.


É preocupante ver o quanto estamos vulneráveis.
É triste ver o Rio assim... olhar a Lagoa Rodrigo de Freitas e não conseguir enxergá-la, não saber o que é lagoa, o que é ciclovia, o que é rua...
É triste ver um time de volei isolado dentro do Maracanãzinho, com água chegando a dois metros de altura dentro do ginásio. (E nem vou citar que esse é um dos palcos de disputas Olímpicas em 2016)
E é mais triste ainda saber das consequências fatais de tudo isso.



Nós, cariocas, ficamos sem entender as consequências dessa chuva...




1 comentários:

  1. Só pra deixar registrado aqui que tb fui vítima dessa tragédia, mas sem danos físicos ou materiais. Nesse dia fiquei ilhado na faculdade até umas 22:30, conseguindo chegar em casa somente por volta da meia-noite; cedo, em relação à grande parte da população carioca que estava na rua durante essa catástrofe.
    É correto dizer que esse evento foi uma demonstração muito pontual da força que a natureza tem, mas tb ficou claro que o Rio não tem estrutura para aguentar fortes chuvas e que há milhares de pessoas por aí colocando suas vidas em riscos devido a ocupação desordenada do território do nosso Estado. Nesse caso não venham um querer jogar a culpa no outro (Poder público e moradoes), pois os dois estão errados.

    E tenho dito! ^^

    Beijo!

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